Porque a vida merece ser "degustada"


Coimbra tem mais...Bocage

Faz hoje, 21 Dezembro/15, 210 anos que o poeta Bocage morreu (1765-1805), com 40 anos de idade e Coimbra vai hoje assinalar os 250 anos do seu nascimento, com um programa que inclui uma conferência e a apresentação do livro "Bocage - A imagem e o verbo", de Daniel Pires, presidente do Centro de Estudos Bocageanos. 

Bocage ficou célebre "pela forma como satirizava a sociedade do seu tempo, os poderosos e a hipocrisia dos costumes", mas trabalhou também como dramaturgo e tradutor.

O programa "O verbo e a memória - Encontro com Bocage" realiza-se  esta segunda-feira, às 18:00, no Café Santa Cruz, na Baixa de Coimbra.

Nascemos para Amar

Nascemos para amar; a Humanidade 
Vai, tarde ou cedo, aos laços da ternura. 
Tu és doce atractivo, ó Formosura, 
Que encanta, que seduz, que persuade. 

Enleia-se por gosto a liberdade; 
E depois que a paixão na alma se apura, 
Alguns então lhe chamam desventura, 
Chamam-lhe alguns então felicidade. 

Qual se abisma nas lôbregas tristezas, 
Qual em suaves júbilos discorre, 
Com esperanças mil na ideia acesas. 

Amor ou desfalece, ou pára, ou corre: 
E, segundo as diversas naturezas, 
Um porfia, este esquece, aquele morre. 

Bocage, em 'Sonetos'