Porque a vida merece ser "degustada"


Quem passa por Alcobaça...não passará sem lá ficar

Até dia 12/02/16 será entregue um estudo prévio à Direção Geral do Património e Cultura quanto à concessão por 50 anos, do claustro do Rachadouro do Mosteiro de Alcobaça ao Grupo Visabeira. Em causa está a construção de um hotel de cinco estrelas no claustro e jardins envolventes, desenhado pelo arquiteto Souto Moura e com um investimento superior a 15 milhões de euros. O projeto da unidade – com 80 quartos, spa, um espaço comercial e um jardim que será parcialmente aberto à população promete e "vai dar que falar".

A construção do Mosteiro de Alcobaça percorreu vários séculos da nossa história testemunhando os seus períodos mais áureos. As obras iniciaram-se em 1178, começando pela Igreja que viria a ser a maior abacial gótica existente em Portugal. Em paralelo, constroem-se as Alas monacais.  No século XIII, edificam-se parte das dependências medievais como a Sala do Capítulo, Dormitório, Sala dos Monges e o Refeitório.Em 1308, por ordem de D. Dinis, ergue-se um claustro, o maior da primeira dinastia portuguesa. Ainda no século XIV, foram depositados no Panteão Régio os túmulos de D. Pedro e D. Inês de Castro, exemplares únicos da escultura tumular gótica existente no nosso país. No século XVI, empreende-se um conjunto de obras impulsionadas pelo rei, das quais salientamos a Livraria, a Nova Sacristia, o Sobreclaustro, a Sala dos Reis e o Palácio Abacial. No século XVII, as obras incidiram sobre as Alas norte e sul da Igreja, originando  a nova portaria do Palácio Abacial, a Sala das Conclusões, entre outras dependências em torno dos Claustros da Portaria e da Hospedaria. A nascente ergueu-se o quinto claustro, denominado Claustro do Rachadouro, onde se encontravam as oficinas, o arquivo e a biblioteca e que agora se vai tornar num verdadeiro ex-libris.  

Portugal a preservar e a promover muito bem o que é seu.