Porque a vida merece ser "degustada"


O que é nacional...merece ser recuperado

 
 

Felizmente que em Portugal muito se tem recuperado em termos de edifícios histórico e culturalmente importantes, no entanto, ainda restam muitos que permanecem esquecidos no tempo, à espera que alguém "olhe" para eles e repare na sua beleza e imponência. Estão no presente mas representam um passado de riqueza e glória e, por isso, merecem que sejam recuperados.

E aqui fica a lista de alguns desses lindíssimos edifícios (seguindo a ordem das fotos acima):

1) Sanatório Sousa Martins (Guarda) - Antigo lugar de tratamento de pessoas com tuberculose

2) Palácio do Rei do Lixo, também conhecido como a Torre de Coina, ou Palácio da Bruxa (Coina-Barreiro) - A quinta onde se encontra o palácio foi propriedade rural, no século XVIII, de D. Joaquim de Pina Manique, irmão do intendente de D. Maria I, Diogo Inácio Pina Manique. A propriedade foi depois adquirida, no século XIX, por Manuel Martins Gomes Júnior, comerciante que em 1910 mandou construir o palácio, diz-se, para que “conseguisse avistar a propriedade que possuía em Alcácer do Sal”. Manuel Martins Gomes Júnior era conhecido como o “Rei do Lixo”, devido ao exclusivo que tinha para a recolha dos detritos da cidade de Lisboa, e tendo feito fortuna a comprar e vender lixo.

3) Casa da Praça (Frazão-Paços de Ferreira) - Contrução que data do século XVII ou XVIII e que pertenceu à família Álvares Barbosa.

4) Casa do Passal (Cabanas de Viriato) - Pertenceu à família de Aristides de Sousa Mendes, que perdeu a propriedade no final da II Guerra por causa das dificuldades financeiras. Foi reabilitada há um ano.

5) Casa do Professor (Oliveira de Azeméis) - Pertenceu a um professor que deu a casa a um sobrinho quando morreu mas que este a abandonou.

6) Casa do Relógio (Foz do Douro) - Ruína de uma casa neo-manuelina, que pertenceu a um casal republicano e que depois da Revolução ficou ao abandono.

7) Palácio Fonte da Pipa (Loulé) - Proprietários aguardam desde os anos 80 que os planos de reabilitação sejam aceites. Enquanto isso o Palácio está abandonado.

8) Castelo da D. Chica (Palmeira) - Construção de 1915 que sofreu intervenções até aos anos 90 e que aguarda desfecho de batalha judicial para ver a quem pertence.

9) Convento de São Bernanrdo de Tabosa (Carregal) - Pertencia à Ordem de Cister e esteve ativo durante 150 anos. Pode vir a ser recuperado em breve.

10) Convento de Santa Maria de Seiça (Figueira da Foz) - Já foi um Convento, uma Igreja, uma casa de família e uma fábrica.

11) Quinta do Esteiro Furado (Montijo) - O interior foi vandalizado bem como o túmulo dos proprietários.

12) Termas Água Radium (Sortelha) - Aproveitava a radioatividade da água para curar doenças mas atuais proprietários nunca avançaram para as transformar em hotel termal de luxo.

13) Convento de Nossa Senhora do Desterro (Monchique) - Era um convento franciscano que foi destruído durante o terramoto de 1755. 

14) Hotel Monte Palace (São Miguel) - Um dos hotéis mais luxuosos dos Açores, que fechou há 26 anos e que se encontra em ruinas.

15) Palacete Rosa Pena (Espinho) - Edifício em ruinas porque herdeiros do dono e a Câmara Municipal nunca chegaram a acordo em relação às obras.

16) Palácio de Midões (Tábua) - Pertenceu a uma família de viscondes e encontra-se agora à venda.

17) Restaurante panorâmico de Monsanto (Monsanto) - Foi restaurante, foi bingo, foi escritório e armazém e agora é uma ruína.

18) Sanatório Jerónimo Lacerda (Caramulo) - A maior e melhor estância sanatorial do país mas que veio a perder importância devido à evolução dos medicamentos.

19) Termas dos Cucos (Torres Vedras) - Tratavam pessoas com doeças reumatológicas e artríticas mas foram abandonadas em 1998 pois proprietários não têm dinheiro para as restaurar por dentro.

Caros Municípios, herdeiros, grupos hoteleiros, investidores em geral, deixo-vos um convite: recuperem estes edifícios pois eles são a nossa história, o nosso património, a nossa alma. Nada é tão bonito quanto a traça destes edifícios antigos: uma grande mais-valia para efeitos de exploração turística.

Recuperem Portugal.