Porque a vida merece ser "degustada"


Andam bicharocos à solta...nas Caldas da Rainha

E não é que andam mesmo? Comemorando os magníficos 130 anos de história, a Fábrica Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro, colocou, desde 19 Outubro/15, nas ruas das Caldas da Rainha, peças de cerâmica gigantes (Zé Povinho, Saloia, Padre Cura, rãs, gatos, sardões, caracóis, folhas de couve, entre outros). Trata-se da Rota Bordaliana, com mais de 20 figuras de cerâmica à escala humana. Iniciativa de louvar, pela criatividade, mediatismo e inovação.
 
A Fábrica de Faianças remonta ao ano de 1884, pela mão de Raphael Bordallo Pinheiro (amante das artes) e de seu irmão. Aí foram criados modelos cerâmicos com base nas tradições locais e de grande criatividade. A inspiração veio essencialmente da fauna e da flora. Bordallo era também um caricaturista de personagens do quotidiano português, era audaz e de sentido crítico. Os seus azulejos, tinham padrões alusivos a várias tendências (Naturalismo, Renascimento, Art Nouveau). As suas peças ganharam projeção nacional e internacional (veja-se o exemplo da "Jarra Bethoven" de mais de 2,60 mt altura que se encontra no Museu de Belas Artes no Rio Janeiro).
 
Manuel Bordallo Pinheiro, filho de Raphael, sucede a seu pai e continuou a sua obra até à sua morte em 1920. Nesse ano, a fábrica é tomada por um grupo de ilustres caldenses que, juntamente com os operários, assegura a sua continuidade até 2008, ano em que a fábrica é adquirida pelo Grupo Visabeira. A fábrica conta com a colaboração de vários artistas e designers, entre eles, Joana Vasconcelos.
Então, sigam de comboio até às Caldas da Rainha e iniciem o percurso da Rota Bordaliana, desde a estação de comboios (início da Rota) até à Fábrica de Faianças (final da Rota). 
 
Boa caminhada! E...não se assustem!