Porque a vida merece ser "degustada"


Sacrificadas, Supermães ou simplesmente MÃES...

 

Isto de ser MÃE com 3 letras maiúsculas tem muito que se lhe diga. Citando a frase bem conhecida "Ter filhos é fácil, difícil é criá-los", nada é realmente mais verdadeiro. Sem dúvida que é mesmo e sempre assim foi, apesar de hoje as dificuldades sob o ponto de vista educacional serem bem mais acrescidas devido à crescente exigência do mundo em que se vive. Se, em tempos idos, a dificuldade incidia em "colocar o pão na mesa", hoje, para além dessa, existem umas quantas mais (assegurar e acompanhar o percurso pessoal e escolar dos filhos; garantir uma educação de bases bem sólidas; aconselhar em variadas matérias; acompanhar as atividades extracurriculares e garantir acima de tudo que eles e elas sejam felizes). Mas, estas atribuições são de MÃES e de PAIS, não devem ou não deviam ser apenas de MÃES. A partir do momento em que as mulheres passaram a exercer atividades profissionais e, apesar de em muitos casos, existir a partilha de tarefas domésticas, são as MÃES as mais presentes nas reuniões escolares, nas atividades extracurriculares, nos trabalhos da escola, nas brincadeiras, nas férias, nas festas de aniversário, em tudo o que diz respeito aos "seus mais que tudo".

Ontem postei uma brincadeira: o facebook fez-me um teste e classificou-me como mãe. Bingo! Não é que acertou em cheio? Sou uma Mãe SACRIFICADA. Se à primeira vista não gostei do nome, quando li a descrição fiquei feliz pois compreendi que o termo SACRIFICADA significa dedicação plena em prol da felicidade e bem estar da família. Ok. Não nego que sou uma SACRIFICADA mas que muitas vezes isso tem um preço elevado: cansaço, abdicação e falta de paciência inerentes. O problema é que não consigo "desligar". Nada a fazer. A minha agenda é um sem número de anotações profissionais e pessoais, a minha mala é alvo de vistoria diária, colocando e retirando documentos de assuntos por resolver ou já resolvidos e o meu carro é um somatório de post it colados no tablier. Nada pode falhar. Mas, como eu, existirão milhares de outras MÃES assim, cuja ginástica mental diária fará com que a probabilidade de virem a sofrer de Alzheimer seja diminuta. Preparamos lancheiras, verificamos mochilas, verificamos datas de testes, ajudamos nos TPC, preparamos vestuário pois existem dias em que têm ginástica, arrumamos, limpamos, comparecemos em reuniões escolares, verificamos e assinamos recados da Escola; comparecemos em reuniões de ATL e da catequese; registamos Festas de Aniversário, passeios escolares, etc, etc, etc).

Tudo isto é a Mãe e o Botão On (lembram-se de um dos meus posts anteriores?). Mãe que é MÃE é SACRIFICADA, é supermãe, tem de estar lá e vai um dia olhar para trás e dizer com orgulho "Dei tudo o que podia dar: a minha presença de coração". Tenham uma certeza: os nossos filhos ganharão com isso.

Sejam sempre MUITO FELIZES e não se importem de ser MÃES.