Porque a vida merece ser "degustada"


Relações público-privadas...

30-10-2017 14:17

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Diz Marques Mendes que "governar nos dias de hoje exige, cada vez mais, uma relação de proximidade entre o poder político e o poder económico. Os governos discutem decisões, negoceiam entendimentos, afinam estratégias  com empresas ou grupos económicos, tendo em vista os superiores interesses do país. Esta relação de parceria, para além de importante, é mesmo uma inevitabilidade da governação moderna. Só que parceria não pode confundir-se com promiscuidade. A parceria estratégica, visando interesses comuns e nacionais, é saudável. A promiscuidade é intolerável. Qualquer decisão governativa tem de estar sempre sujeita ao escrutínio público e democrático. E, quando ela se torna pública, não pode restar uma dúvida, aos olhos dos cidadãos, de que tudo se passou dentro das mais exigentes regras da legalidade, da transparência, e da defesa do interesse público (...) os poderes de facto, existentes na sociedade, por mais importantes, poderosos e respeitáveis que sejam, não podem sobrepor-se nunca, direta ou indiretamente, ao poder político democráticamente legitimado (...) a legitimidade do decisor político, fundada no voto e centrada na defesa do interesse geral, não pode ser subvertida por outras legitimidades e interesses que o sufrágio não comanda e que o escrutínio democrático não avaliza."

Vale a pena pensar nisto. São imensos os casos em que andamos ao contrário, ao sabor da promiscuidade.

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