Porque a vida merece ser "degustada"


Reduzir o Estado, fortalecer a sociedade...

06-11-2017 14:06

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"Temos um Estado grande de mais. O Estado está em todo o lado, intervém praticamente em tudo, condiciona fortemente a vida das pessoas e das empresas. É, ao mesmo tempo, regulador e financiador. Um Estado assim asfixia a sociedade, coarcta a livre iniciativa dos cidadãos e não responde com qualidade às exigências das pessoas. Com uma dimensão excessiva e pretendendo intervir em todo o lado, o Estado acaba, além do mais, por não fazer bem e a tempo e a horas o que só a ele compete fazer. Por isso, todos se queixam deste Estado imenso, omnipresente e tentacular. Temos um Estado excessivamente gastador. Um Estado assim, com demasiadas funções, gasta mais do que deve e consome mais do que os Portugueses lhe podem dar (...) Temos um Estado ineficiente e burocrático. Um Estado com funções a mais acaba por ser um Estado ineficiente. Não sofre o escrutínio e a pressão da concorrência para melhorar os seus níveis de eficiência (...) Não estimula a sociedade, pelo contrário, tolhe-a nos seus movimentos (...) a ideia de um Estado grande e fortemente interventivo é mesmo (...) uma marca cultural do país. O Estado Novo alimentava esta ideia. A democracia manteve-a, alargou-a e consolidou-a (...) Quem cria riqueza e alavanca o progresso de um país não é o Estado, é a sociedade, são as pessoas e as empresas. Evidentemente que uma nação carece de um Estado forte e eficaz, com autoridade e prestígio. Mas é uma ilusão pensar que um Estado grande é sinónimo de um Estado forte e eficaz (...) Pode ter muitas funções mas não as exerce com eficácia e prontidão. É o que se passa com as tarefas de fiscalização e de regulação. Essas, sim, são tarefas indelegáveis do Estado. O que sucede, porém, é que o estado falha permanentemente nas suas missões de fiscalização e é omisso ou muito incipiente nas suas obrigações como regulador (...) As sociedades desenvolvidas não se caracterizam por terem Estados grandes mas sim por usufruirem de sociedades fortes (...) ou queremos uma sociedade fraca e pendurada no Estado, ou queremos uma sociedade forte e realmente independente do Estado." Marques Mendes -Mudar de Vida

Se existir isenção e transparência por parte do Estado, teremos uma sociedade exigente e responsável que aposte no mérito, na iniciativa, no risco, na inovação, no empreendorismo e nas responsabilidades individual e coletiva.

Vale a pena pensar nisto.

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