Porque a vida merece ser "degustada"


Quando o presente se cola ao futuro...

06-11-2018 10:45

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Começou ontem em Lisboa, a Web Summit 2018. Estão lá 70 mil pessoas de 170 países. Há 2 anos atrás, o Blog dava conta da 1ª Edição do Web Summit em Lisboa, iniciativa que catapultou ainda mais a capital e Portugal na esfera mundial e agora, na 3ª edição, foi anunciado que Lisboa será a anfitriã por mais 10 anos da melhor conferência mundial de tecnologia e empreendedorismo. 

Nem de propósito, num dos meus últimos posts sobre as mudanças que defrontaremos a nível de mercado de trabalho, abordei a questão da importância de sermos empreendedores e empreendedoras. E quando falo de empreendorismo, não me refiro apenas às pessoas que criam o seu próprio negócio, falo de todas as pessoas ativas, cuja mentalidade terá de ser rapidamente "reformatada" para uma adequada adaptação às novas formas de estar no trabalho e na vida. As competências terão de ser outras e para isso, terão de investir nelas mesmas, terão de apostar tudo na formação profissional, na aprendizagem ao longo da vida e aqui não vale todo e qualquer curso de formação. A formação terá de ser bem direcionada e veiculada para aquilo que são as suas funções e bem executada (quantidade não é sinónimo de qualidade). Por outro lado, dada a minha experiência de terreno, é urgente apostarem em formações de autoconhecimento e de natureza comportamental pois é aqui que reside o grande "calcanhar de Aquiles" das pessoas e das empresas. São sobretudo as atitudes e os comportamentos que têm de mudar, que têm de ser otimizados, não tanto os aspetos técnicos. Até somos bons e boas profissionais no que fazemos, falta-nos o saber-ser e o saber-estar. Falta-nos não tanto as hard skills mas sim as soft skills.

A Web Summit vem-nos mostrar o que será muito em breve o mercado de trabalho: o mundo será o nosso local de trabalho, uma teia de ligações sem fronteiras, uma troca mundial cada vez maior, onde quem "sobreviverá"terá de ter as competências pessoais e sociais ajustadas a esse novo contexto.

São 190 milhões em apoios europeus para empresas portuguesas inovadoras: 40 milhões de euros para empresas inovadoras do setor social e 150 milhões, para projetos que trabalhem questões como o crescimento demográfico e a escassez de recursos naturais.

Não poderia deixar de aqui salientar a intervenção do pai da internet - Tim Berners-Lee - que lançou na abertura da Web Summit, a iniciativa “contrato para a web",  mostrando-se preocupado com os impactos negativos (privacidade e segurança on-line) que a web tem provocado. Tim Berners-Lee recordou que em 1989, quando criou a net, queria que esta fosse uma rede “universal”, que pudesse ser usada por todos/as e que estivesse na origem de “grandes feitos”: Humanidade mais comunicativa, mais pacífica e mais construtiva. Deste modo, Berners defende que está na hora de acautelar o futuro da net, tendo o "contrato para a web" sido já assinado por 50 organizações,

Como utilizadora da net e cidadã mundial, refiro aqui um dos pontos essenciais desse "contrato": que os cidadãos e cidadãs devem ser construtores e construtoras de comunidades fortes, que respeitem o discurso civil e a dignidade humana.

O presente cola-se ao futuro e os nossos olhos devem-se abrir para novos "horizontes". Termos a humildade de reconhecer que há muito "trabalho de campo" por fazer.

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