Porque a vida merece ser "degustada"
O destino destina, mas o resto é comigo
20-09-2018 16:56Na sequência do post anterior, alusivo às Jornadas da Educação, realizadas na semana passada na Lourinhã, abordo hoje outro dos temas aí destacados: o da "Escola Positiva". Aqui. gostei da intervenção de Jorge Morais, Chefe de Gabinete do Secretário de Estado da Educação. Entre outras coisas, registei a necessidade de se definir um perfil de aluno/a à saida da escolaridade que consiga responder às necessidades do mundo de hoje, às necessidades do Ensino Superior e às necessidades das empresas. do mercado de trabalho. E, que competências deverão estar enquadradas nesse perfil? Refere também a Visão (na sua última edição) que as competências do presente e do futuro próximo passarão pela capacidade de resolver problemas, pela criatividade, pelo espírito crítico, pela cooperação no trabalho, pela inteligência emocional, pela capacidade de tomar decisões e pelo espírito empreendedor dos/das jovens. Pois assim também o referiu Jorge Morais.
A mentalidade dos jovens, das jovens deverá passar do hábito de "pedir licença" para o hábito de "pedir desculpa". Significa que deverão assumir riscos, errar, para depois acertar. Quem não erra, não inova. e a Escola deve partir deste princípio para que incentive os alunos e alunas a serem críticos, a serem empreendedores/as, a darem o primeiro passo, a darem ideias, a partilharem opiniões. Serão eles/elas os/as profissionais que teremos no mercado de trabalho. Tem-se de acabar com o império dos sentados e dos calados. Nenhuma empresa recruta ou retém pessoas que não saibam trabalhar em equipa, que não saibam comunicar assertivamente, que não sejam intervenientes ativos e que não representem uma mais-valia para a empresa.
Para tal, professores e professoras devem trabalhar em conjunto, colocando as disciplinas a trabalhar em novas metodologias, debatendo casos de insucesso escolar e alterar até a disposição das salas, para que a mudança aconteça, mesmo que em pequenos passos.
As dificuldades dos professores, das professoras não devem ser vividas de forma isolada, devem trocar ideias, problemas, devem ouvir os alunos e alunas e criar dinâmicas de trabalho que simplifiquem os conteúdos, ainda tão pesados.
É hora de se unir esforços, de se refletir, de se trocar experiências positivas e de se replicar essas mesmas experiências. É hora de se experimentar, de se testar e de se implementar o que funcionou.
A Escola deve preparar, inspirar, ser POSITIVA. Tal como referiu Torga um dia: "O destino destina, mas o resto é comigo". Diria que o resto é connosco, o resto é com toda a comunidade educativa. Deve-se fazer diferente para que a diferença aconteça. Por nós, educadores, educadoras, pelos alunos e alunas, pela sociedade e por Portugal, façamos diferente, façamos melhor. Por uma ESCOLA POSITIVA. Por uma ESCOLA COM ÉTICA. Por uma EDUCAÇÃO FELIZ.
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