Porque a vida merece ser "degustada"


Fatacil, Anselmo e...Museu do Poeta...foi assim a minha despedida

22-08-2016 14:31

E no Sábado, foi a contagem decrescente para a minha despedida do já saudoso Algarve. Os planos da noite viraram-se então para uma ida à Fatacil-Feira de Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio e Indústria, em Lagoa, pois, para além de ter imensas coisas para ver (das que eu gosto particularmente - artesanato, gastronomia e cultura portuguesa), havia o concerto de Anselmo Ralph.

A Fatacil é um evento que já existe há 37 anos e de crescente sucesso. Ao passar pelos imensos espaços da Fatacil, só via 'beleza para os meus olhos': tanta coisa boa para petiscar, tanta coisa boa para apreciar. Pois...estamos em Portugal.

Este ano, a decoração é alusiva ao vinho pois Lagoa é a Cidade do Vinho 2016. Durante 10 dias, podem apreciar o que Portugal e, particularmente, Algarve e Lagoa, têm de melhor e assistirem a concertos diversos (vejam o programa aqui www.fatacil.pt/).

Depois de deambular pelos expositores, chegou então a hora da contagem decrescente para o concerto. Foi hilariante e contagiante. O espaço estava cheio. Foi a primeira vez que assisti a um concerto de Anselmo  mas posso dizer que adorei. Pelo contacto e interação permanentes com o público, pela simpatia e carinho, pela simplicidade dele, pela dedicação e referência às várias faixas etárias, nomeadamente às crianças, Anselmo é daqueles cantores apaixonantes. Acresce o facto de gostar imenso da voz dele e das canções, claro. Durante o concerto, houve paragens para fotos com crianças, com o público, houve elogios à 'beleza' da Mulher, ao amor e ao público, tendo terminado com uma canção de agradecimento em que dizia "sem vocês, eu não sou nada".

Foi encantador. Obrigada Anselmo, pela noite magnífica.

Bem, e ontem foi dia de regresso a outra costa mas antes passei pelo Museu do Poeta, na Quinta da Mosqueira, em Albufeira. O “Museu do Poeta” é um 'livro' aberto que poderá ler enquanto passeia entre grandes pedras, existindo cerca de 3000 azulejos com pensamentos em português e inglês extraídos dos livros escritos e editados pelo fundador do “Museu”.

O fundador do “Museu” nasceu em Coimbra, passou grande parte da sua juventude na encantadora praia da Nazaré, viveu em Toronto,Vancouver e Montreal, veio para Portimão em 1969, em 1974 veio para a Praia da Oura, Albufeira, onde foi um dos pioneiros da hotelaria ao abrir “O POETA”, o seu primeiro restaurante, cujo sucesso teve muita influência no desenvolvimento dessa zona

Todo este seu “esforço” está relacionado com o simples facto de que ele acredita que cada um de nós deve deixar uma “marca” da sua passagem por este mundo,  e que espera que as longínquas gerações saibam “ler, escrever, sonhar".

Também espero. Adeus Algarve . Adeus momentos inspiradores. Adeus momentos poéticos. Como costumo dizer "vim de alma cheia".

Mudei de costa, mudei de clima... à chegada estavam menos 10 graus.

Até sempre Algarve.

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