Entre ouro e prata...assim segue Portugal

Falamos de vinhos e de um Pálio de 310 anos. Falamos do Douro, do Porto, da Bairrada, de Setúbal, da Madeira, do Alentejo, de Lisboa, do Tejo, do Dão e da aldeia de Cidadelhe, no Distrito da Guarda. Falamos de Ouro e de Prata.Falamos de Portugal.

Quanto a vinhos e depois de, no início de Março/17 , pela 20ª edição do Mundus Vini (Alemanha), ter sido atribuido 10 medalhas de Grande Ouro aos vinhos portugueses (região do Porto e Douro foi a mais premiada, com 7 das 10 medalhas de Grande Ouro, Alentejo com 1, Setúbal com 1 e Dão com 1), 133 medalhas de Ouro e 159 de Prata, eis que agora Portugal brilhou de novo na Texsom, em Dallas (EUA). Desta vez, Portugal foi premiado com 10 medalhas de Ouro (Bairrada com 4, Madeira com 3, Douro com 2 e Dão com 1), 25 medalhas de Prata e 43 de Bronze. Mas deixo-vos aqui os sites onde poderão consultar os grandes vencedores: Mundus Vini e Resultados Texsom.

Falemos agora de outra preciosidade. Neste ano de 2017, Cidadelhe, Património Mundial da Humanidade da UNESCO, comemora mais um aniversário de um tesouro bem guardado. Trata-se de um Pálio de 1707. «Ir a Cidadelhe e não ver o pálio, seria o mesmo que ir a Roma e não ver o Papa». Foi assim que Saramago se referiu, no seu livro "Viagem a Portugal", ao maior segredo de Cidadelhe, que ainda permanece guardado a sete chaves. A relíquia é de veludo carmesim, bordada a ouro, prata e seda, tem 315 cm de largura, 265 cm de altura e a inscrição "Cidadelhe 1707" bordada a ouro. Na aldeia ninguém se dispõe a falar sobre o paradeiro do místico pálio. A peça de valor incalculável completa agora 310 anos de história e continua a ser guardada pela população e afastada dos olhares curiosos dos visitantes. O famoso pálio só sai à rua duas vezes por ano, uma pela Páscoa e outra no dia do Corpo de Deus. 

Assim é Portugal. Um tesouro de muitos tesouros.