Desfrutar da crise...

Começando por citar Ashleigh Brilliant "Se queres relaxar, desfruta da crise." Preocupemo-nos com o "conseguir ser" em vez de o "voltar a ter". O 'ser', a nossa essência, perde-se sob o influxo do 'ter'. É necessária lucidez, inteligência, confiança, bondade e esforço coletivo. Podemos estar ou ter estado em crise mas a grandeza da vida mantém-se. O que hoje é uma aparente desgraça, pode transformar-se amanhã numa inflexão para a cosnciência, qualidade, humanidade, ética e beleza. 

Há então que seguir em frente, reforçados/as e reconfortados/as, sendo melhores pessoas, melhores profissionais e melhores cidadãos e cidadãs de um mundo melhor. São as crises que nos propõem que mergulhemos em novos cenários, são elas que nos obrigam à adaptação, são elas que nos "sacodem" para que nos demos conta do que somos capazes de conseguir, das nossas capacidades. São as crises que nos obrigam a ver o que não conseguiamos ou queriamos ver. Quando não nos importamos apenas com a quantidade e apreciamos a qualidade dos nossos atos e emoções, conseguimos sobreviver e aí crescemos, inventamos, "cultivamos" a esperança, entusiasmo-nos com os pequenos triunfos e somos mais humanos/as.

A inteligência emocional e social está acima do intelecto ou do dinheiro e é a experiência da crise que nos permite a transformação.

"Os nossos momentos de maior lucidez têm lugar quando nos sentimos profundamente desconfortáveis, infelizes ou insatisfeitos. Pois é nesses momentos que, empurrados pela nossa insatisfação, saimos do caminho trilhado e começamos a explorar maneiras diferentes de fazer algo ou respostas mais certeiras." M. Scott Peck

Deixem-se inspirar, deixem-se transformar.