Porque a vida merece ser "degustada"


A terra que vos pinto...

12-11-2018 23:07

"A terra que vos pinto, meus amigos, é terra de cantares, cidade medieval, bairros antigos sobre um rio e pomares." Assim, um dia, se referiu a Coimbra, o poeta Silva Gaio. Também Camões, Antero, Eça, Régio, Nobre e Torga, sentiam por Coimbra, uma profunda admiração. A mística desta cidade será eterna. Também eu, sempre que lá vou, fico rendida. Assim foi ontem. Em dia de São Martinho, rumámos a Coimbra. Foi o aniversário da matriarca da família e depois de não termos já conseguido reservar mesa no Napolitano, tentámos a sorte no Solar do Bacalhau e de todo, não nos arrependemos. Que espaço. Depois da chuva, que acolhimento. À nossa entrada, fomos logo acompanhados até à nossa mesa e depois apreciámos a soberba decoração vintage, o pátio interior, a escadaria até a outra sala no piso superior, o enorme candeeiro de cristal, a exposição de bacalhau à entrada e a equipa, sempre presente, atenciosa e de sorriso aberto. Ficámos encantados. Esquecemos a chuva e a tarde obscurecida e ali ficámos a saborear umas entradas de  pataniscas de bacalhau, absolutamente divinais. Depois, o difícil foi escolher entre o bacalhau no forno, o bacalhau no pão ou o bacalhau à Solar. Lá optámos pelo bacalhau no forno. Nem vos digo...

À saida, apercebemo-nos também da ligação do Solar à Herdade da Malhadinha Nova no Alentejo, sendo que existe um pequena exposição de vinhos daquela Herdade, nomeadamente do Malhadinha.

Coimbra tomou-me pela alma e coração. Pronto, nada a fazer. Quem passa por Coimbra, quem a percorre pela Baixa e pela Alta, não mais a esquecerá. Coimbra é fado, é vida académica, é cultura, é arte, é história. Coimbra é romance, Coimbra é um espírito, é sonho, é tradição.

"Em cada estrela, plantávamos uma tenda, onde dormíamos e sonhávamos um instante, para logo a erguer, galopar para outra clara estrela, porque éramos, por natureza, ciganos do ideal." Eça de Queiroz

 

—————

Voltar