Porque a vida merece ser "degustada"


Somos a razão da nossa vida...um encontro inspirador

13-10-2017 19:19

Conheci a Coach Fernanda Ferreira há sensivelmente 2 anos. Assisti a 3 sessões de Coaching e Feng Shui, tendo daí resultado uma afinidade e amizade quase imediatas.

A Fernanda cativa-nos facilmente pela sua "leveza", transparência, boa energia e simpatia. Considero-a uma Mindset Expert, tendo o seu percurso de vida permitido-lhe vivências que a redirecionaram para a área do Coaching e Feng Shui, um processo integrado que trabalha o bem-estar emocional, físico e espacial e que tem conduzido a resultados extraordinários.

Recentemente tomámos café e fiz-lhe o convite para participar na rubrica Mindset Experts do Blog, tendo daí resultado a seguinte entrevista:

P.M. - Fernanda, conta-me como te decidiste optar pelo Coaching?

F.F. – Foi mais uma cadeia de acontecimentos que me levaram a decidir dar este passo; mas, acima de tudo foi ter encontrado algo que procurava sem saber. Foi a minha procura de empreender o meu autoconhecimento e de ter uma experiencia diversificada a nível pessoal e profissional que me fizeram querer encontrar uma forma de “juntar” tudo num modelo de transformação pessoal para partilhar com mais pessoas. No meu caso quis criar uma prática de vida mais equilibrada e saudável e fui praticando e aprendendo o que me apoiava nessa construção. Depois foram crescendo as formas de partilhar com as pessoas que também querem melhorar a qualidade da sua vida a partir de si mesmas, do seu interior e das suas práticas quotidianas. E como sou tão entusiasmada com as dinâmicas de transformação que utilizo e com os resultados que as pessoas obtêm, está a ser uma ação de inspiração com um ritmo crescente e feliz. 

P.M. - Há quanto tempo desenvolves esta atividade?

F.F. – Desde 2011 mas foi em 2013 que me concentrei inteiramente à atividade, e tenho estado em contínuo processo de auto desenvolvimento de práticas e aprendizagens, de técnicas que integro na minha ação como Coach Pessoal, com valências inovadoras como o Feng-Shui dos espaços.

P.M. - Qual tem sido a resposta das pessoas às dinâmicas de Coaching que desenvolves?

F.F. – Sendo dinâmicas novas para a maioria das pessoas, as que aderem ficam fãs. Ocorre mais serem dois tipos de pessoas: as que identificam um aspeto pessoal concreto que querem mudar, por alguma situação desfavorável que vivenciam no momento, ou as que estão recetivas para aprender como podem melhorar aspetos pessoais que lhes tragam maior realização e bem-estar. São sempre caminhadas muito sentidas e de grande descoberta e expansão para elas e para mim.

P.M. - Tem sido gratificante?

F.F. – Há dias em que não tenho palavras, costumo dizer que quando o coração “fala” não é preciso mais nada. Há transformações de vida incríveis e momentos de clareza que permitem com que as pessoas possam escolher novas práticas e atitudes mais de encontro ao que querem verdadeiramente. A gratificação da contínua aprendizagem e dos resultados e partilha desses acontecimentos são vividos com grande alegria. Fiz a mudança da minha vida que tornou possível o que era uma possibilidade e sou muito grata e feliz por fazer o que me inspira e inspirar outras pessoas, também elas comprometidas a melhorar a si mesmas, as suas relações e o contexto social.

P.M. - Que males pessoais e sociais identificas na nossa sociedade?

F.F. – Preciso de mais espaço para falar deles Silvia ;). Sucintamente, no âmbito dos grupos exploro ainda mais as dinâmicas sociais, e este é o cerne de toda a ação que desenvolvo. A mudança social em que participo agora é no contínuo das minhas anteriores formas de intervenção social.

Um dos males que mais me incomoda, e posso tocar na ferida para algumas pessoas, é o mal social do queixume em Portugal. É um hábito que está em todo o lado e que a grande maioria das pessoas pratica sem refletir o quanto isso limita e influência em todas as dinâmicas que se tem. Queixar-se é o contrário de procurar encontrar soluções, opções, de ver as coisas com mais objetividade, de avançar no que for. Uma sociedade de pessoas que se queixam de tudo é a mesma que pouco faz por mudar as coisas que são necessárias, é uma sociedade negativa. Exploro isso em termos práticos com as pessoas de modo a que aprendam a escolher outra postura social, e consequentemente elas próprias reconhecem de imediato o quanto isso lhes traz mais perspetiva e confiança. Fico-me por este mal social. O seu peso é demasiado grande e interpelo quem esteja a ler que comece a “escutar” a forma como comunica ao longo do dia sobre as coisas que lhe acontecem, que assiste ou que ouve. Só um dia basta para que se tome noção do quanto este mal está na sociedade, através de cada pessoa que o pratica, e como é tão fácil “curá-lo”. Se cada um deixar de “padecer” dele, a sociedade pode mudar.

Todos podem pensar antes de se queixar, querer encontrar outros pontos de vista, aprender a procurar os aspetos positivos em detrimento dos negativos, escolher antes de repetir algo que alguém disse, só porque todos se “queixam” do mesmo...Assim este mal pode começar a deixar de o ser, é assim que se muda a sociedade, cada um a contribuir, favoravelmente, não há outra forma.  

P.M. - Como achas que evoluirá a sociedade?

F.F. – Esta era mais uma grande conversa Sílvia... A evolução da sociedade fez-me estudar muito a procurar respostas. A licenciatura em Relações Internacionais foi um marco dessa busca de sentido social ao longo dos tempos. Tudo o que fiz e aprendi foi numa integração do tempo em que vivemos, como cá chegamos e o que estamos a construir. Depois de tantas abordagens e realidades conhecidas, a minha perceção, a partir da qual fundamento toda a minha atual ação pessoal e social, é que a evolução social será cada dia mais rápida, e com uma tónica tecnológica de níveis que a maioria das pessoas não está ainda preparada para acompanhar, mas que o desafio passa pela preparação das pessoas em saber lidar com a rapidez dos processos, com o que nem sempre será equilibrado. E são as pessoas que se preparam humanamente para essas mudanças, que melhor saberão lidar com contextos novos e desafiantes. Mas a evolução não pára, sempre assim foi. É urgente o retorno aos valores humanos, à socialização de proximidade com os outros, à autenticidade individual, mas esta é uma escolha que cabe a cada um e a maioria está a alhear-se mais do que a se aproximar de si mesmo e dos outros. 

O desenvolvimento do Autoconhecimento e da Criatividade pessoal é um dos fatores que vejo como mais diferenciadores no futuro. As pessoas com competências de autoconhecimento e criativas, sabem encontrar alternativas pessoais e de participação social mais sustentáveis. São as que têm maior capacidade de serem mais felizes, ao realizarem, criarem e se dedicarem às suas oportunidades,por desenvolverem uma mentalidade mais aberta e disponível para aprender e se ligar aos outros.

P.M. - O que te vai na alma?

F.F. – Alegria por ter vindo a encontrar formas e contextos de vida que me apoiam a ser e estar com um sentido de pertença humana que me preenche. A vontade de me expressar cada dia mais amplamente, a partilhar formas de vida que promovem o bem-estar e a conexão humana, com os espaços e a natureza...Uma felicidade que acreditava se podia aprender e praticar e que é hoje uma verdade que vivo em partilha com os outros.

P.M. - Que mensagem gostarias de deixar agora às pessoas?

F.F. – Que somos a razão da nossa vida e que por mais que estejamos habituados ao que fomos, podemos melhorar realidades pessoais se assim o quisermos. É preciso aprender a agir em nosso benefício e aí, muitas vezes, é necessário aprender a fazer de outras formas e a pensar com outra visão. E se o querem mesmo, que tenham a força para avançar até chegar ao que vos faça sentir bem e em paz convosco mesmos e com os outros. Vivemos no tempo disso acontecer mais facilmente, e há meios e pessoas para vos apoiar se assim o decidirem. Inspirem-se a mudar positivamente e a serem felizes!

Grata Fernanda. É sempre bom trocarmos "dois dedos de conversa" com quem nos acrescenta e nos traz saudáveis sinergias. Continua a inspirar. Até breve.

 

 

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