Porque a vida merece ser "degustada"


Reativo/a ou proativo/a?

22-09-2017 13:15

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Reativo/a ou proativo/a? Pois bem, todas as nossas atitudes e condutas negativas surgem dentro de nós de forma mecânica e impulsiva. Isto significa que somos "escravos/as" das nossas reações emocionais. Somos seres reativos e vítimas da circunstâncias à nossa volta. Mas, a negatividade destrói-nos, mina o nosso sistema imunológico e ficamos mais vulneráveis às doenças. Qualquer pensamento, emoção, atitude ou conduta negativa, não trazem nada de positivo. Mas, felizmente, é possível deixar de ser reativo/a e ser proativo/a. 

Ser proativo/a é ter a capacidade que todos temos de deixarmos de ser reativos/as e de começarmos a encarar o que nos acontece de uma forma mais sã e construtiva. Entre um estímulo exterior, em que, por exemplo, alguém é rude connosco, e a nossa reação subsequente (irritação, tristeza) existe um espaço em que temos a liberdade de escolher a resposta que melhor nos sirva a nós e aos outros. A este espaço dá-se o nome de CONSCIÊNCIA.

Se vivermos de forma consciente, podemos decidir não nos incomodarmos quando acontecem as coisas que normalmente nos incomodam. Não são os comentários das outras pessoas que nos agridem, mas sim a nossa reação perante eles. Se deixarmos de reagir, não criaremos perturbação no nosso interior. E se alguém for reativo connosco, teremos de pensar que age por impulso, que não podemos tomar isso como algo pessoal e que essa pessoa se está a agredir a si mesma.

Se observarmos bem, verificamos que a verdadeira causa do nosso mal-estar ou bem-estar não depende tanto do que nos vai acontecendo mas da forma como olhamos para isso e de como interpretamos. São as nossas interpretações que geram, ou reações emocionais negativas ou respostas conscientes e proativas.

O cerne da questão é o egocentrismo, é este a causa do sofrimento humano, dos problemas e conflitos que mantemos uns com os outros, convertendo-nos em seres reativos e não proativos. Quanto mais egocêntricos, mais costumamos reagir de forma impulsiva e negativa, de cada vez que sucede algo que nos desagrada. Isto porque vivemos sob a tirania de dois inimigos: a ignorância (não saber quem somos, do que precisamos e de como podemos ser mais pacíficos e harmoniosos com os outros) e a inconciência (não querer saber das consequências do nosso pensamento, atitudes e comportamento).

Queremos que a realidade se adeque constantemente aos nossos desejos e expetativas, provocando doses de mal-estar e sofrimento quando não conseguimos que assim seja. Em vez de darmos conta de que somos os/as únicos/as responsáveis pelo que experimentamos, assumimos o papel de vítimas, culpando a vida ou os outros pelo que nos acontece. Ora, não podemos mudar o exterior mas podemos transformar o interior. Para aprender, primeiro é preciso desaprender.

De que forma podemos então ser mais eficientes no momento de nos gerirmos e de nos relacionarmos com o que nos acontece? O maior desafio da nossa vida é aceitar os outros tal como são. Contudo, aceitar não quer dizer estar de acordo, não significa repressão ou resignação, não é um ato de debilidade, de indiferença, de desleixo ou imobilismo. A verdadeira aceitação nasce de uma profunda compreensão e sabedoria e implica deixar de reagir impulsivamente para começar a dar uma resposta mais eficiente diante de cada pessoa ou situação.

A conquista da aceitação é como um "músculo" que se desenvolve com treino diário. Uma atitude egocêntrica e vitimizadora "prende-nos" num círculo vicioso perigoso em que o medo, a ira e a tristeza crónicos podem ser a antecâmara da depressão.

Deixem-se inspirar, deixem-se transformar

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