Porque a vida merece ser "degustada"


Os nossos capitães sem medo e o triunfo patriótico

12-07-2016 08:10

Ontem e hoje, os feitos históricos do Desporto Nacional, do dia 10 de Julho/16, têm vindo a ser intensivamente exultados pelas redes sociais e pela comunicação social pois foi um dia valioso para Portugal, quer em termos patrióticos, quer em termos económicos.

Olhando apenas para o Campeonato Europeu de Futebol, entraram no país cerca de 600 milhões de euros, segundo um Estudo do Instituto Português de Administração de Marketing, o equivalente a cerca de 60% do valor da dívida pública. Para além dos prémios de jogo, as marcas patrocinadoras da Seleção também investem com muita intensidade nos meios de comunicação social, existindo um aumento das vendas de merchandising (cachecóis, equipamento desportivo de apoio à seleção), de consumo de bebidas, de jornais e de gastos  em Agências de Viagens Portuguesas, pois deslocaram-se milhares de portugueses até França. Registou-se também um aumento do consumo em cafés, restaurantes e pastelarias, bem como em snacks, cervejas e mariscos (aumento de cerca de 20%).

Pelo grande impacto patriótico e económico, a nossa Seleção e a nossa Pátria estão de parabéns. O povo português precisava de júbilo e de fazer renascer a esperança e a confiança. A nossa Seleção também. Ajudaram-se ambos um ao outro. Houve união, houve Pátria.

Estes momentos gloriosos fizeram-me lembrar do mesmo triunfo português face às Invasões Napoleónicas durante os anos 1807 a 1811.

A 27 de Outubro de 1807, França e Espanha assinaram o Tratado de Fontainebleau no qual decidiram dividir Portugal entre os dois países. A zona Norte e Sul de Portugal ficaria para Espanha e o resto de Portugal, entre o Douro e o Tejo, uma região estratégica devido aos seus portos, seria administrada pelo governo central em Paris, até à paz geral. Para cumprir este tratado, Napoleão ordena a invasão de Portugal, iniciando assim a Guerra Peninsular.A França pediu a Portugal, que fechasse os portos marítimos mas Portugal recusou e decidiram invadir Portugal, eclodindo várias disputas como veremos a seguir.

Sob o comando de Junot, as tropas francesas atravessaram a Península e chegaram à fronteira portuguesa a 20 de Novembro de 1807. Sem encontrarem qualquer tipo de resistência, chegaram a Abrantes no dia 24, a Santarém a 28, e finalmente a Lisboa no dia 30. No dia anterior a família real e a corte haviam fugido para o Brasil, transportados em navios britânicos. Um ano depois, uma força britânica comandada por Arthur Wellesley desembarca em Portugal e consegue derrotar os franceses nas batalhas de Roliça e Vimeiro.

A segunda invasão, em 1809, foi comandada pelo Marechal Soult. Os franceses imediatamente ocuparam o norte do país, chegando ao Porto a 24 de Março. De novo, teria de ser Wellington a expulsar os franceses do norte do país, tendo os portugueses e britânicos derrotado Soult na Batalha do Douro, reconquistando o Porto a 29 de Maio e forçando os franceses a retirar para a Galiza.

A terceira invasão francesa foi o último esforço da Guerra Peninsular em solo português. Em 1810, comandados pelo Marechal Massena, os exércitos franceses invadiram de novo o norte do país, conquistando Almeida em Agosto e partindo rapidamente em direção a Lisboa. O exército de Massena encontra os britânicos e portugueses na Batalha do Buçaco onde perdem, mas, reagrupando rapidamente, flanqueiam as forças anglo-portuguesas e marcham para a capital. Os exércitos aliados, regressam também rapidamente ocupando os seus postos nas famosas Linhas de Torres Vedras, um sistema defensivo brilhante montado pelos britânicos com a ajuda da população local. Os franceses chegam às Linhas a 14 de Outubro e são desastrosamente derrotados e forçados a fugir do país.

Face a isto se percebe facilmente o provérbio popular que referencia "De Espanha, nem bons ventos, nem bons casamentos" e talvez também o chauvinismo dos franceses cuja atitude e postura (por quererem ser superiores) deitam a perder o caráter e a ética de uma Nação. Não esqueçamos os inacreditáveis comentários arrogantes e de "mau perder" que foram ditos pela equipa francesa acerca da nossa Seleção. Mas, no final das contas, existe sempre uma 'justiça divina'.

Não termino sem salientar o bonito discurso do nosso Presidente da República e faço minhas as suas palavras: "a diferença foi o vosso exemplo, do que é ganhar com coragem, determinação e humildade. E isso faz a diferença. Hoje temos mais razões, devido a vocês, para acreditarmos em Portugal”, 

VIVA A NOSSA SELEÇÃO, OS NOSSOS COMENDADORES! VIVA O POVO PORTUGUÊS! VIVA PORTUGAL!E ASSIM FOI ONTEM POR ONDE O AUTOCARRO PASSOU...UMA MULTIDÃO SAIU À RUA...E ASSIM FOI O FINAL, NA EMBLEMÁTICA ALAMEDA D. AFONSO HENRIQUES...

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