Porque a vida merece ser "degustada"


Livros, Baixa, Santo António e Pessoa...voltas e baldrocas de uma tarde bem passada

12-06-2016 15:42

Os livros são os meus "amigos de cabeceira", amigos de infância, amigos da adolescência, amigos de ontem, de hoje e para todo o sempre. Nunca  me deixaram. Nunca me abandonaram. Embalam-me no sonho e no sono, acompanham-me desde sempre no meu percurso de vida e têm-me feito compreender muita coisa.  Os livros são os nossos orientadores mais fiéis, são imparciais, fornecem-nos informação e 'pistas' e a nós, cabe interpretar e desmistificar as suas mensagens.

As bibliotecas, as livrarias, as Feiras dos Livros, para mim, são umas autênticas 'perdições': as ilustrações, os títulos, os prefácios, as mensagens que se deduz, conterem dentro deles, leva-me a um estado de absoluta indecisão sobre 'o que escolher'.

Na passada 5ª feira à tarde, 'todos os caminhos foram dar' à imperdível Feira do Livro de Lisboa. Não podia faltar e fi-lo na melhor companhia, a da minha filha do meio que, tal como eu, 'sofre' e 'perde-se' (felizmente) por livros. Que duas. Que tarde. Que horas saudáveis e 'produtivas'. Fez-nos tão bem. Demorámos o tempo que quisemos, palmilhámos todos os stands, cruzámo-nos com o Ricardo Araújo (Gato Fedorento) e com Miguel Sousa Tavares, selecionámos os livros que queríamos adquirir na 'Happy Hour' e depois das escolhas feitas, demos 'cordas aos sapatos' e percorremos toda a Avenida da Liberdade, passámos por 2 arraiais populares de Santo António, por imensos manjericos e balões que davam 'o ar da sua graça' às esplanadas lisboetas, pela estátua de Santo António, erguida no Rossio, subimos o chiado e fomos visitar o nosso querido Pessoa, sempre pomposo na esplanada da 'Brasileira'. 

De volta à Feira do Livro,  onde não faltam também os sabores e aromas de produtos genuinamente portugueses, finalizámos a nossa lista de compras (num total de 10 livros), viemos hiper-satisfeitas, com a alma a vibrar e dissemos "para o ano temos de vir cá outra vez".

O que os leitores podem levar dos livros? Parafraseando Alice Vieira "dependendo dos casos e das histórias, levará um sorriso nos lábios, uma lágrima no canto do olho, um grito de esperança, uma sonora gargalhada, um olhar cúmplice, um reviver de outros tempos ou um sentir do toque do futuro..."

Se podia viver sem livros? Podia...mas não era a mesma coisa...

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