Porque a vida merece ser "degustada"


Foges em companhia de ti próprio/a...

13-04-2017 13:25

Resultado de imagem para bonsai empresarial

Iniciando hoje a nova rubrica Coaching das Emoções do Blog, escolhi comentar  a seguinte "frase com poder":

“Foges em companhia de ti próprio: é na Alma que precisas de mudar, não de clima.” (Séneca)

Tantas mas tantas vezes, existem conflitos em contextos de trabalho e, simplesmente, as coisas não fluem, as pessoas andam desmotivadas, a comunicação é precária, a rentabilidade fica aquém. Quem sai prejudicado? Todos: empresários, chefias, colaboradores e empresa. E nessas alturas, tendemos a pensar que queremos fugir dali e mudar de lugar, mudar de contexto laboral ou mudar de pessoas. Mas...é no nosso interior que algo vai mal, muito mal. E, no pior dos cenários, nem sequer reconhecemos que assim é e nem sequer queremos compreender que tudo é uma questão de falta de Inteligência Emocional.

No entanto, uma nova realidade competitiva se tem vindo a impor, dando uma importância crescente ao Quoficiente Emocional dos empresários, chefias e colaboradores. As atitudes de outros tempos estão totalmente desatualizadas, as empresas passaram por uma revolução radical, em que a hierarquia rígida, com chefias duras e manipuladoras, se começou a desmoronar nos anos 80 e se encontram obsoletas.

As pressões da globalização e das tecnologias de informação alteraram definitivamente pensamentos, posturas, atitudes e ações, em que as relações interpessoais representam o futuro. É definitivamente importante o modo como se gerem pessoas, desde o momento em que se recruta, até à sua eventual saída da empresa. Mas, são ainda muitas as empresas portuguesas que desconhecem como se deve recrutar, como se deve selecionar, como se deve acolher, gerir e reter talentos. Vivem ainda na década de 70 e de 80, convictas de que não existe outro modo de gerir pessoas e de conseguirem resultados. Tão erradas que estão.

Imagine-se as consequências para um grupo de trabalho, de alguém incapaz de conter as explosões de fúria ou que não tem a mínima sensibilidade em relação aos sentimentos das pessoas com quem interage. Agora, imagine os benefícios para o trabalho de alguém capaz de se sintonizar com os sentimentos das outras pessoas, que é capaz de resolver desacordos sem degenerarem em discussões, de alguém que é capaz de exprimir queixas sob a forma de críticas construtivas, de criar uma atmosfera em que a diversidade seja valorizada, ao invés de constituir fonte de atritos e de alguém capaz de integrar-se em redes de trabalho.

O papel dos empresários e das chefias neste processo de mudança é fulcral pois chefiar não é dominar, mas antes a arte de persuadir as pessoas a trabalharem para um objetivo comum. Numa empresa, toda a gente faz parte do sistema e este tem de funcionar bem, muito bem. A empresa, no seu todo, deverá ser Emocionalmente Inteligente.

Por outro lado, também é importante termos a consciência se nos sentimos bem na realização do nosso trabalho - é o que se chama de entrar em estado de fluxo - e que mudanças nos podem tornar mais satisfeitos com a sua realização.

A responsabilidade empresarial é de todas as pessoas que a integram, desde o topo até à base mas, a mudança tem de vir de dentro de cada uma das partes. Terão obrigatóriamente que caminhar para verdadeiros QE Performers.

Lembram-se da Bonsai? Deixem-se transformar, deixem-se potenciar. O caminho é indubitávelmente por aí. Tudo o resto serão consequências inevitávelmente excelentes.

 

 

 

 

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