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Caminhos de Santiago...a fé rumo a Património da Humanidade

13-10-2016 12:03

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Os Caminhos de Santiago são os percursos percorridos pelos peregrinos que afluem a Santiago de Compostela desde o século IX para venerar o apóstolo Santiago Maior, cujo suposto sepulcro se encontra na catedral de Santiago de Compostela. A peregrinação foi uma das mais concorridas da Europa medieval, sendo concedida indulgência plena a quem a fizesse. Depois de vários séculos relativamente esquecida, desde os anos 1980 que a popularidade da peregrinação tem vindo a crescer substancialmente, embora grande parte das pessoas que fazem o Caminho — nome pelo qual é também conhecida a peregrinação — atualmente não o façam por motivos religiosos. O Caminho tornou-se um itinerário espiritual e cultural de primeira ordem, que é percorrido por dezenas ou centenas de milhares de pessoas todos os anos. 

Foi em Iria Flávia, situada a cerca de 20 km de Compostela, que o apóstolo Santiago pregou pela primeira vez durante a sua estadia de evangelização da Hispânia. O apóstolo chegou à região em 34 d.C. vindo da Terra Santa e depois da sua morte, por decapitação na Judeia, o corpo e a cabeça do apóstolo foram transportados para a Galiza pelos seus discípulos numa barca até ao porto de Iria Flávia. Os discípulos depositaram os restos mortais de Santiago num local do monte Libredón, onde hoje se ergue a catedral. 

O símbolo dos peregrinos (do latim per ægros, "aquele que atravessa os campos") têm como símbolo uma vieira. Ao longo dos séculos, a vieira ganhou significados míticos, metafóricos, existindo duas versões lendárias mais comuns sobre a origem do símbolo. Uma delas refere que, depois da morte de Santiago, os seus discípulos levaram o corpo de barco para a penísnuula ibérica para ser enterrado no que é hoje Santiago de Compostela. Ao largo da costa ibérica, uma violenta tempestade atingiu o navio e o corpo caiu ao mar tendo-se perdido. Contudo, depois de algum tempo, deu à costa sem estragos, coberto por vieiras. A segunda lenda defende que, depois da morte de Santiago, o seu corpo foi misteriosamente transportado por um navio sem tripulação para a península Ibérica, para ser enterrado no que é hoje Santiago de Compostela. Quando o navio se aproximou de terra, estava a decorrer um casamento na costa. O jovem noivo estava montado num cavalo e ao ver o navio aproximar-se o cavalo assustou-se e cavaleiro e montada mergularam no mar. Através de uma intervenção miraculosa, o cavaleiro e o seu cavalo emergiram da água vivos, cobertos de conchas.

Mas, voltando aos Caminhos, eles espalham-se por toda a Europa e vão entroncar nos caminhos espanhóis. Falando dos Caminhos portugueses, existem vários mas só meia dúzia se encontra estudada e sinalizada. 

A maior parte dos caminhos portugueses entroncam em Valença do Minho, onde se faz a travessia da fronteira para Tui e daí  estende-se por cerca de 110 quilómetros. 

Este ano, a 30 de Maio, as associações Espaços Jacobeus e Peregrinos Via Lusitana inscreveram os Caminhos Portugueses de Peregrinação a Santiago de Compostela na lista indicativa de Portugal ao Património Mundial da UNESCO. Agora, os dez municípios por onde passa o denominado Caminho Português da Costa (Porto, Matosinhos, Maia, Vila do Conde, Póvoa de Varzim, Esposende, Viana do Castelo, Caminha, Vila Nova de Cerveira e Valença) juntaram-se para, com o apoio da Direção Regional de Cultura do Norte, investirem mais de um milhão e meio de euros na valorização desse percurso de peregrinação, com o objetivo de o candidatarem a património mundial da humanidade. Isto porque se deve salientar a fé, a devoção, o contacto com a natureza, a cultura, a gastronomia e o património. 

Pelos Caminhos da fé...adiante Portugal.

 

 

A maior parte dos caminhos portugueses entroncam em Valença do Minho, onde se fazia (faz) a travessia da fronteira para Tui e daí estende-se por cerca de 110 quilómetros. 

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